Pico da Pedra Branca via núcleo Pau da Fome
A trilha para o Pico da Pedra Branca começa na sub-sede do Pau da Fome e segue um caminho que corta o vale do Rio Grande, até a Casa Amarela, que se situa em um vale entre o Pico da Pedra Branca (1.024 metros) e o Morro de Santa Bárbara (857 metros), após a Casa Amarela a trilha sobe a encostas do Pico da Pedra Branca até seu cume.
Rio Grande
A Casa Amarela era sede do antigo Sítio de Santa Bárbara, construída pelo agricultor Domingos Letra - ocupação modesta de estilo colonial, datada do início da década de 20, representa hoje um importante atrativo cultural situado no interior do Parque.
A partir da sub-sede seguimos a estradinha de asfalto até a Represa do Rio Grande em menos de 5 minutos de caminhada, ao lado da represa, no final da estradinha começa a trilha que devemos seguir, depois de 10 minutos na trilha surge a primeira bifurcação, onde existia uma placa com indicação da trilha mas infelizmente hoje só existe a armação de madeira, nessa bifurcação entramos a direita e seguimos por mais quinze minutos para cruzar um rio por cima de um tronco grosso de árvore que está servindo como ponte, esse rio que acabamos de cruzar é o Rio Grande, depois de mais 5 minutos caminhado entramos em uma bifurcação a esquerda (é a única bifurcação a esquerda de toda caminhada), nesse ponto não tem como errar pois é o caminho mais marcado.
Visual da Trilha - Morro Dois Irmãos
Depois de mais de 30 minutos de caminhada cruzaremos mais uma vez o bonito Rio Grande, só que dessa vez o cruzamos pulando de pedra em pedra, a partir desse ponto o aclive da trilha começa a aumentar e depois de mais ou menos uma hora de zig-zag chegamos na Casa Amarela que fica a 648 de altitude. Normalmente se gasta cerca de duas horas da sede do parque até a Casa Amarela, até aqui já andamos cerca de quatro quilômetros e meio, e ainda falta cerca de três quilômetros até o cume, só que normalmente se leva mais duas horas e meia até o cume, nesse trecho final mesmo sendo mais curto se gasta mais tempo, pois as dificuldades e a inclinação da trilha aumentam um pouco mais.
Casa Amarela
A trilha até a Casa Amarela está bem aberta, mas é preciso ter alguma experiência em mato, ou conhecer o caminho para não errar, a partir da Casa Amarela, a trilha fica mais fechada, ainda mais que em algumas áreas onde caíram balões queimando a cobertura nativa que em seu lugar nasceram rapidamente samambaias que crescem muito rápido e acabam fechando a trilha e confundindo um pouco o caminho, além disso, existem alguns lugares que pelo pouco uso da trilha ela fica muito tênue, e é preciso estar bem atento para não perder o caminho.
Para achar a trilha correta nesse ponto é só seguir o cerca de arame farpado da casa amarela para a direita (sentido noroeste), repare que existe a metade de uma placa nesse ponto indicando o "Caminho da Pedra Branca", mas dessa placa só restou as letras "CAMIN..". A partir desse ponto caminharemos em uma trilha com milhares de flores que acaba recompensando os sacrifícios dos andarilhos. A trilha após alguns minutos de caminhada depois a Casa Amarela passa por um antigo caminho colonial, da para perceber isso pelas pedras colocadas cuidadosamente no meio da trilha, em quinze minutos de caminhada após a Casa Amarela chegaremos em uma porteira, não esqueça de fechar depois de passar.
Em mais quinze minutos caminhando após a porteira chegaremos a outra bifurcação, essa bifurcação é a mais importante de toda caminhada, nesse ponto que está marcado com duas setas em um tronco de árvore, existe um caminho para esquerda descendo e outro a direita subindo, o caminho certo para o Pico da Pedra Branca é o da direita subindo, o da esquerda descendo é o Caminho do Manga Larga que segue para Vargem Grande e para Rio da Prata, esse último já em Campo Grande. A trilha nesse ponto começa a subir novamente, mas depois de um certo ponto ela começa a descer até atingir um rio, onde começa a subir novamente até chegar no principal mirante da trilha, aproveite o mirante para dar uma parada para aproveitar a vista pois no cume da Pedra Branca pouco se vê.
Da última bifurcação até o rio leva-se cerca de trinta minutos, e do rio até o mirante mais dez minutos. Mais cinco minutos de caminhada após o mirante encontraremos outra bifurcação, o caminho correto é o da direita descendo, nesse ponto muita gente erra, pois de tanto errar o pessoal marcou muito o caminho errado, nesse ponto existe uma árvore com uma seta apontando para a direita e com as letras “PB”. Mais quinhentos metros depois mais uma bifurcação onde o caminho correto é novamente o da direita, essa bifurcação também está marcada com as letras “PB” e com uma seta apontando para cima. Depois da última bifurcação até o cume são exatamente um quilômetros com um desnível de 160 metros, que normalmente é vencido em um pouco menos de uma hora de caminhada, nesse ponto a inclinação da trilha aumenta até chegar perto do cume onde ela se suaviza um pouco, essa subida íngreme é a subida da própria encosta do Pico da Pedra Branca, nesse ponto a trilha fica muito tênue, mas não tem como errar, pois é só ir subindo e reparando nas marcas nas árvores feitas com facão.
Pedra no Cume da Pedra Branca
No cume existe uma grande pedra de cerca de 3 metros de altura, que parece que foi cuidadosamente colocada aí só para que o Pico da Pedra Branca fosse maior que o Pico da Tijuca, já que a diferença entre os dois é de exatamente 3 metros. Em cima dessa pedra tem um marco de cimento marcando o ponto mais alto da Cidade do Rio de Janeiro e conseqüentemente o mais alto de todo parque. É uma diversão a parte subir na pedra, ver os outros escorregando e apreciar o visual de cima da pedra, que sinceramente não é grande coisa, dá apenas para ver o Maciço de Gericinó, Maciço do Tinguá, Campo Grande, parte da baixada fluminense e uma linha de montanha ao fundo que é a Serra dos Órgãos ao norte vislumbramos desde o Recreio até a Restinga da Marambaia ao sul. Enjoy!!!
Visual do Cume